22 de dezembro de 2024

Estudo aponta agravamento da pandemia e necessidade de medidas restritivas em todo país

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quarta-feira (03.03) uma Nota Técnica em que alerta para o agravamento simultâneo dos indicadores que monitoram a pandemia pela Covid-19 em todo o Brasil.

De acordo com o estudo, essa é a primeira vez, desde o início da pandemia, em que o cenário aponta para um agravamento generalizado no país. “Os dados apresentados, embora alarmantes, constituem apenas a ponta de um iceberg de um patamar de intensa transmissão”, enfatiza a Fiocruz, em boletim.

Dentre os indicadores avaliados, está o crescimento do número de casos e óbitos, a alta positividade de testes e a sobrecarga das unidades hospitalares. No momento, 19 unidades da Federação apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%.

Desde o dia 23 de fevereiro, Mato Grosso registra uma ocupação superior a 80% dos leitos de Terapia Intensiva. Na última terça-feira (02.03), foi divulgada a ocupação de 88% das 483 UTIs existentes para o tratamento da Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

A taxa permanece na casa dos 80% porque, nos últimos 23 dias, o Governo do Estado trabalhou em uma força tarefa e abriu 90 leitos de UTI pela Rede Pública. Mesmo com o incremento de novos leitos, a taxa de ocupação cresceu cerca de 7 pontos percentuais na última semana.

No estudo da Fiocruz, a capital de Mato Grosso – que registra 85% de taxa de ocupação – também figura entre as 20 capitais com alta ocupação em UTI.

É importante destacar que, em dezembro, foram confirmados 20.933 novos casos da Covid-19 em Mato Grosso. Contudo, somente no mês de janeiro, esse número subiu para 37.364 confirmações; em fevereiro, foram 34.505 novos casos. Atualmente, o Estado registra o total de 253.783 confirmações da doença e 5.864 óbitos ocasionados pelo cornavírus.

Medidas restritivas

Além de alertar para o agravamento dos indicadores epidemiológicos em todo o país, a Nota Técnica da Fiocruz ainda reafirma as medidas não-farmacológicas como forma de conter a propagação do vírus no Brasil.

O boletim recomenda a adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, bem como a manutenção de todas medidas preventivas (distanciamento físico, uso de máscaras e higiene das mãos) até que a pandemia seja declarada encerrada.

Fonte: www.mt.gov.br (04/03/2021).

Comentários