07 de maio de 2024

Alimentos ficam mais caros puxados pela carne, feijão, açúcar e óleo

A cesta básica, em Cuiabá, ficou 14,54% mais cara em agosto deste ano, quando comparada ao mesmo mês do ano passado, ao passar de uma média de R$ 457,1 para atuais R$ 523,6. Pesaram sobre o orçamento das famílias alimentos mais do que essenciais como feijão (+45%), o óleo de soja (+34%), o açúcar (+33%), a carne (+30,66%) e o pão francês (+15%), que, nessa ordem, foram os mais registraram alta no período.

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, nove majoraram seus valores médios, dois tiveram queda (batata e tomate) e dois se mantiveram estáveis (farinha e café em pó). Os dados fazem parte do levantamento mensal realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

No intervalo de agosto de 2019 apara 2020, a cesta básica ficou R$ 66,5 mais cara aos cuiabanos, enquanto que a valorização do salário mínimo foi de R$ 47, ao sair de R$ 998 para R$ 1.045.

Ou seja, o aumento do piso salarial não foi suficiente para manter o poder de compra da população. Os itens básicos aumentaram quase 1,5 vez nessa comparação.

Para comprar a cesta básica, o cuiabano desembolsa atualmente 50,10% do mínimo. No mesmo mês do ano passado, por exemplo, o valor médio da cesta básica em Cuiabá equivalia a 45% do salário mínimo vigente naquele momento (R$ 998).

Apesar do sentimento em contrário, na avaliação mensal – agosto ante julho – o valor da cesta básica em Cuiabá ficou estável, variando de R$ 523 para R$ 523,60.

Mas, como destacam os analistas do Imea, alguns itens essenciais, como o arroz (+4,2%), leite (+3,8%) e carnes (+2,6%) exibiram incremento em seus preços ante a julho. Dos 13 itens pesquisados, oito tiveram majoração mensal, quatro tiveram redução e apenas um se manteve estável. “Na contramão, o que ‘segurou’ o valor da cesta a forte retração no preço da batata (-20,9%)”.

Como o Imea utiliza a mesma metodologia aplicada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para mensurar a evolução dos preços da Cesta Básica, é possível ranquear a Capital de Mato Grosso junto aos outros valores apurados pelo Departamento, por meio da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Considerando os registros de agosto, Cuiabá exibe a quinta cesta básica mais cara do País, cotada a R$ 523,6. A mais cara é a de São Paulo (R$ 539,95), seguida por Florianópolis (R$ 530,42), Rio de Janeiro (R$ 529,76), Porto Alegre (R$ 528,61) e Cuiabá.

Há cerca de dois anos, Cuiabá deixou de integrar o rol de cidades onde o Dieese avaliava o comportamento dos preços de itens básicos de alimentação. Os 13 itens formam um conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta, durante um mês.

NO PAÍS – Conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Dieese, os preços dos alimentos aumentaram em 13 das 17 capitais pesquisadas. Em outras quatro cidades, o custo – na comparação com julho – diminuiu.

Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo (R$ 539,95), o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em agosto, foi de 99 horas e 24 minutos, maior do que em julho, quando ficou em 98 horas e 13 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, na média, 48,85% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em julho, o percentual foi de 48,26%.

Devido à pandemia do novo coronavírus, Departamento suspendeu, em 18 de março, a coleta presencial de preços da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Desde então, a entidade realiza uma tomada especial de preços à distância para verificar o custo da cesta básica em 16 das 17 capitais onde o levantamento é realizado. A

pesquisa só tem sido feita presencialmente na cidade de São Paulo, com menor número de pesquisadores e em horários em que os estabelecimentos comerciais estão mais vazios.

Fonte: www.nativanews.com.br (14/09/20).

Comentários