A decisão aprovada pelos membros do Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat) tem o objetivo de viabilizar a atividade neste contexto de custos de produções com alta nos preços dos insumos.
“O governo de Mato Grosso entende a importância de fomentar a economia nesse momento difícil que estamos passando. Não é só o produtor que é beneficiado, é toda uma cadeia que trabalha direta e indiretamente com peixe, bem como todos os consumidores, enfim toda a sociedade mato-grossense”, explicou César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e presidente do Condeprodemat.
Para Patricia D´Oliveira Marques, diretora administrativa da Associação dos Aquicultores do Estado de Mato Grosso (Aquamat), esse percentual do incentivo é válido, estimula o setor a continuar investindo, produzindo e até aumentando a produção, já que há demanda pelo produto e abre o leque de negociação de peixes para outros mercados para além de Mato Grosso.
“Vejo como uma conquista para o setor neste momento a aprovação desse incentivo. Pretendemos promover um trabalho mais em conjunto com a classe produtora e o governo para levarmos mais informações aos criadores de peixe sobre a legislação vigente e também para fomentarmos a criação de leis mais especificas para o setor que tem muitos desafios, mas também grandes possibilidades de crescimento”, afirmou Patricia Marques.
O superintendente de Programas de Incentivos da Sedec, Anderson Lombardi, explica que essa mudança faz parte da inclusão de novas cadeias de produtos agropecuários, bem como da política do Governo de Mato Grosso com foco na desconcentração da produção no estado. “Os contribuintes inscritos nesse âmbito do Proder contribuem também com o Fundo de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, o Fundes”, ressaltou.
Piscicultura
É um dos principais setores do agronegócio de Mato Grosso que é o 5º maior estado produtor do Brasil. Segundo o IBGE, no ano de 2019 foram produzidos no estado mais de 34 mil toneladas de peixes. O clima favorável, a ocorrência natural de espécies aquáticas, a disponibilidade hídrica, a produção de grãos são fatores importantes que favorecem a psicultura em Mato Grosso. O setor é considerado um dos promotores do desenvolvimento regional, que gera emprego, renda e fomenta a economia local.
De acordo com dados do Observatório de Desenvolvimento da Sedec, os peixes mais cultivados no estado são: os redendos, formados pelas espécies pacu, tambaqui, tambacu e tambatinga; os bagres de couro, formados pelo pintado e surubim. Tambacu e tambatinga correspondem a 62% da produção do estado; pintado, cachara e surubim 15% e tambaqui representa 13% do que é produzido em Mato Grosso.
Fonte: www.nativanews.com.br (07/04/2021).
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