06 de maio de 2024

Imac apresenta projetos e traça cenário do mercado da carne de MT para 2021

“Produzir carne para todos e para sempre, e, por isso, de forma sustentável: essa é a nossa meta”. A frase sintetiza os desafios atuais do mercado da carne bovina de Mato Grosso identificados pelo presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, durante live realizada nesta quinta (21) com jornalistas.

Conforme aumentou o comércio com o mercado chinês, retomado em 2019 e intensificado em 2020, o estado de Mato Grosso ampliou sua participação nas exportações brasileiras. “Há espaço para crescermos mais. Podemos ampliar a venda de cortes mais sofisticados para os chineses, vendendo uma carne mais valorizada. É uma questão de imagem, apenas: temos disponibilidade do produto, mesmo garantindo que o mercado interno seja atendido”, pontua.

Por isso, a ênfase de Penido em sua atuação frente ao Imac inclua um grande esforço em lembrar a opinião pública sobre a sustentabilidade da produção de carne em Mato Grosso. “Temos mais de 60% do nosso território preservado, e muito disso dentro das propriedades rurais. Seguimos a legislação ambiental, trabalhista e fundiária e vislumbramos potencial para sermos ainda mais eficientes. Queremos chegar ao fim do ano com um programa estadual de pecuária de baixo carbono”, antecipa.

Os projetos do Imac para 2021 incluem essa visão estratégica de sustentabilidade, refletindo o momento atual do mercado. “Buscamos eficiência. Os custos de insumos estão aumentando, temos menos animais disponíveis para abate, embora a demanda externa mantenha-se em crescimento. Novos mercados estão se abrindo para nós e tanto o produtor como a indústria se adequaram para esse novo cenário, que traz mais exigências sanitárias”, pontua o diretor de Operações do Imac, Bruno Andrade.

Na programação do instituto, três grandes iniciativas estão previstas para este ano. Uma delas é o programa de Reinserção e Monitoramento, que traduz os esforços do Imac em incentivar a produção sustentável de carne no estado. Na prática, consiste na reintegração de pecuaristas que foram embargados por problemas ambientais ao mercado formal da carne, mediante regularização ambiental.

O Serviço Eletrônico de Informação da Indústria da Carne (SEIIC) coloca em operação um sistema de compliance na cadeia produtiva, conectando pecuaristas e frigoríficos e garantindo segurança na originação do produto. Já o Observatório da Carne irá produzir informação qualificada sobre todas as etapas do sistema produtivo da carne, reunindo várias fontes de dados e estatísticas em uma única plataforma.

Os projetos e a visão estratégica do mercado da carne foram discutidos junto a três jornalistas experientes do setor agropecuário nacional: Vera Ondei, do Portal DBO; Nayara Figueiredo, da Reuters; e Luiz Patroni, do Canal Rural. A live foi mediada por Nicholas Vital e pode ser acessada na íntegra aqui: http://bit.ly/LiveImac01.

“Nossa intenção é promover mais encontros como esse, pois informação qualificada nos ajuda em nossa missão, que é promover a carne de Mato Grosso e toda sua potencialidade”, afirma o presidente do Imac.

Fonte: www.nativanews.com.br (21/01/2021).

Comentários