Editorial – Urgente! – Administração Adalto Zago ainda dá tempo de por água na rede existente no Setor Pioneiro desde 1988, antes de terminar seu mandato de 8 anos frente ao Exercício Municipal

Esse é o pensamento positivo que expressei ao nosso prefeito dia 20/06 num ofício nº 05/2020 – quando vi alguns ramais e Rede sendo cortados e não arrumados (bem público) em função da pavimentação asfáltica em algumas ruas do Setor Pioneiro.

Tem o velho ditado, “carro apertado é que canta”, a administração municipal está trabalhando muito, mas tem muito o que fazer, como não foi priorizado no plano de trabalho por água nessa rede existente no 1º mandato e nem no segundo, mas agora é hora de refazer o plano e mãos às obras, isso vai pontuar positivo para à administração municipal, resolver um problema que por mais de três décadas ficou adormecido.

Os moradores do setor pioneiro vão sorrir de alegria, principalmente os que tem problemas de água. O governo Federal vai esbanjar felicidade, porque esse recurso público que fala para fazer rede nova no setor(por rede em cima de rede) vai para outro município do nosso país, onde de fato precisa rede de água. Os vereadores também vão festar de gratidão, por ver o fim desse problema que os próprios gestores municipais criaram.

Afinal, nenhum gestor(a) do nosso município apresentou até hoje um documento técnico/criterioso, escrito e assinado por um engenheiro do ramo de saneamento. Então, o que vale para não gerar uma improbidade administrativa para o gestor “ter que repor com recurso próprio o dano feito em um bem público”, é justamente ter um documento em mãos. Usar do expediente “blá- blá- blá”, que rede não presta, rede tá contaminada, isso não convence nos tribunais de julgamento de uma causa. O que convence é a apresentação do documento.

Concluindo: Por água na rede e corrigir os vazamentos é jogo rápido, para quem quer ver acontecer as coisas, e a pavimentação asfáltica depois flui normalmente. Todo mundo saí ganhando.   

Esclarecimentos: 

1. Urgente! Planejamento de estratégias para colocar água na rede: Com o apoio do engº sanitarista Antônio, que dá assistência ao DAE de Apiacás, ver qual a melhor forma. Exemplo: Se vai colocar cap em algumas tubulações em ruas que já tem asfalto – como Av. Dantes Martins de Oliveira, Rua Cianorte, Rua Pardinho etc(essas ruas poderiam ficar para uma segunda etapa). Sugestão do engº sanitarista da AMM/MT é bem vindo para montar essa estratégia. Coloco-me a disposição para trocar ideias sobre esse assunto;
2. Fazer orçamento rápido de alguns materiais para execução do serviço como: Comprar umas barras de tubos de diferentes diâmetros, conexões, mangueiras PEAD, etc. Uns quatros encanadores/braçais, retro escavadeira. Vereadores já disseram que aprovam qualquer projeto do prefeito nesse sentido. O gestor atual, já afirmou na Rádio Selva FM dia 02/07/20, que tem dinheiro em caixa, para fazer até mais pavimentação asfáltica na cidade. Então, o gestor pode e deve sim, remanejar recurso para a saúde/DAE, visto que, água tratada para a população “setor pioneiro” também é um bom investimento.
3. Prever prazo de execução: 15 dias? 20 dias? 30 dias?

Considerações básicas da real situação: 

1. A parte de captação e tratamento de água, está previsto atender o setor pioneiro. O próprio projeto de rede nova elaborado pela AMM/MT em abril/2018 “memorial descritivo” que tive acesso em 07/08 deste mês, quanto a parte de captação (Item 2.4.1) e tratamento (Item 2.4.4), não tá previsto no projeto investimento;
2. No projeto novo (Item 2.4.2) tá previsto fazer 436,81 metros de adutora de água tratada de 150 mm de diâmetro (da ETA “caixa d’água” Bairro Primavera até perto do antigo Pits Stop), essa adutora já existe – inclusive o setor novo já está usando parte dessa adutora.
3. Tá previsto também no projeto novo (Item 3.7 “distribuição”), fazer 099,63 metros de rede de distribuição no setor pioneiro, com diâmetros de 50 mm e 100 mm. Essa rede já existe, pois em todas as ruas do setor já tem rede feita nos padrões regulares de saneamento. Essa rede teve projeto sim. O finado ex-prefeito Vaner Mechi, conseguiu uma cópia do projeto com o engº da SANEMAT e deve ter deixado na prefeitura (deve estar no arquivo morto da prefeitura). Mas ter projeto agora, nem vem ao caso, sabe-se que em cada rua tem rede. A pessoa leiga no assunto é que fica criando obstáculos;
4. Tá previsto no projeto novo (Item 3.12), fazer um reservatório apoiado metálico de 400 m³, no Setor Pioneiro, essa necessidade teria que ser reavaliada, uma vez que, já temos reservatório apoiado de 500 m³, ou seja, depois que a cidade está toda abastecida, começa a sobrar água e então, começa a encher o reservatório, inclusive durante a noite/madrugada. A SANEMAT no projeto de 1988, não previu reservatório inicialmente no setor pioneiro. A nossa população hoje deve estar menor que a de 1988;
5. No projeto novo consta no memorial descritivo esse dado: “2.2.6 Distribuição. … “Segundo informações do DAE o sistema de abastecimento de água conta com um total de 1.296 ligações ativas e 410 ramais a implantar. Contudo, existe a necessidade de maior investimento para expansão de rede, pois a parte leste da cidade atualmente não está sendo atendida com rede de água”;
6. Está informação do DAE está bem clara: setor pioneiro não existe rede – pede-se uma expansão de rede de distribuição. Aqui fica minhas indagações: por que o DAE/prefeitura não colocou no documento oficial (Projeto – pra pedir recurso do Governo Federal), que o setor pioneiro tem rede? E porque não foi colocado no projeto que o gestor municipal considera que a rede não presta e tá contaminada? Deduz que, para colocar esses dados num projeto, precisaria ter o laudo técnico anexado, dizendo que a rede não presta e tá contaminada. É esse laudo técnico que eu sempre cobro do prefeito e até hoje ainda não vi.
7. O próprio DAE, às vezes, entra em contradição: O próprio Diretor do DAE “Rômulo”, pioneiro do município e já com vários anos no Departamento de água, já me disse pessoalmente por várias vezes e em conversas no whaTsapp, que põe água na rede e faz a manutenção necessária na rede e ramais, só que ele precisa autorização do prefeito. Dia 23-09-15 em audiência Pública na Câmara Municipal, sobre orçamento para 2016, o assunto da rede de água foi citado por mim, sobre se ia haver orçamento previsto para por água na rede do setor pioneiro e fazer a manutenção… “O prefeito Adalto disse que não ia prometer, mas ia fazer o possível”. Prefeito sempre focado em rede nova e alegando que rede existente não prestava. Eu disse na audiência que não acreditava no que eles estavam falando que rede não prestava, enquanto eu não ouvisse de um engº do ramo. Então ficou um clima meio desagradável no final da audiência. Então dia 29/09/15 recebi em minha casa a visita do engº Vilson F. Beregula “técnico, que dava assistência ao DAE de Apiacás – acompanhado pelo Diretor do DAE Rômulo Santana Balieero. Essa visita foi a pedido do prefeito Adalto. Depois de conversamos por mais de uma hora sobre a rede de água existente. O engº Vilson a princípio, considerou que a rede dava para ser aproveitada sim, considerando a vida útil do material de pvc, etc, e ia falar com o prefeito Adalto – mas o engº deixou bem claro na conversa, que não tinha dinheiro para fazer manutenção, dependia de autorização do prefeito para realizar o trabalho;
8. O orçamento global no projeto prevê um custo da obra de dois milhões de reais. Será que o governo federal, tão logo saber que tem rede no local (setor pioneiro), e adutora de água tratada de 150 mm da ETA interligando com todo o setor pioneiro, vai liberar recurso, para pôr rede em cima de rede? Por isso, considero que a melhor atitude da administração municipal é gastar um pouquinho do recurso da prefeitura e resolver o problema nesta gestão. A prefeitura(DAE) precisa acabar de cadastrar toda a rede do setor pioneiro no sistema. No mapa lá dentro da sala do DAE, tem o mapa registrando parte da rede do setor pioneiro;
9. Tem o ditado popular: Quem casa com a viúva assume o compromisso de cuidar dos filhos. O gestor não pode abandonar as sequências das obras. Prefeito Adalto, fazendo isso em sua gestão, considera-se um gesto de grandeza admirável.

10. Na minha opinião de munícipe, o Poder Legislativo de Apiacás, desde o primeiro mandato administrativo do município, tem uma grande cumplicidade, por ter deixado adormecido, o problema da rede de água do setor pioneiro.

Os vereadores (os credenciados pela população para fiscalizar, alertar e cobrar o prefeito com prudência), sempre cobraram de leve os gestores municipais (com indicações/conversas verbais), nunca vi um oficio da Câmara Municipal, pedindo laudo técnico dos gestores, para comprovar que a rede não presta e tá contaminada. Daí, eu munícipe, tenho que ficar dando a cara a tapa, no lugar dos vereadores – para defender um bem público.     

Fim do editorial de Francisco Pinto dos Santos (Chico Né) – Munícipe/Diretor e Editor do Jornal O Porto Cachoeira Rasteira

Segue galeria ilustrativa de imagens referente ao editorial: