25 de abril de 2024

Bolsonaro passa recibo e diz que povo não quer Lula candidato

Horas depois de uma decisão judicial ter reestabelecido os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse acreditar que o povo brasileiro não quer o petista como vencedor ou candidato nas eleições de 2022.

“Eu acredito que o povo brasileiro não quer sequer ter um candidato como ele em 2022, muito menos pensar numa possível eleição dele”, disse o presidente, ao chegar no Palácio da Alvorada

A fala do mandatário foi transmitida pela CNN Brasil.

“As bandalheiras que esse Governo [do PT] fez estão claras perante toda a sociedade. Você pode até supor a questão do sítio em Atibaia, do apartamento, mas tem coisa dentro do CNDES que o desvio chegou na casa de meio trilhão de reais, com obras fora do brasil”, afirmou.

“Os desvios na Petrobras foram enormes, na ordem de R$ 2 bilhões que o pessoal na delação devolveu. Então foi uma administração realmente catastrófica do PT no governo”.

CEDO – Embora o PT comemore a decisão do ministro Edson Fachin, lideranças do partido avaliam que ainda é cedo para proclamar uma vitória indiscutível.

A prioridade, a partir de agora, é entender se a instrução relacionada aos casos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado segue valendo.

Para um advogado ligado ao partido, deveria valer a teoria dos “frutos da árvore envenenada”, ou seja, a decisão de Fachin invalida todo o processo.

Uma importante liderança do PT, contudo, acha que pode haver o risco de uma “pegadinha”, pela qual o processo é transferido para Brasília, mas não recomeça da estaca zero.

Com isso, ainda haveria tempo para que Lula seja condenado em primeira e segunda instância até a eleição de 2022. Nesse caso, ficaria inelegível em razão da Lei da Ficha Limpa.

SURPRESA – A decisão de Fachin pegou o PT completamente de surpresa. Pela manhã, Lula reuniu-se com líderes do partido no Congresso, e a possibilidade de uma decisão judicial que o beneficiasse não foi nem cogitada.

O mais próximo que se discutiu do tema foi um abaixo assinado com personalidades estrangeiras defendendo a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. No restante do tema, tratou-se de outros temas políticos e da agenda do Congresso Nacional.

Fonte: Diário de Cuiabá (09/03/2021).

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